sábado, dezembro 30, 2006

Adeus 2006

Últimas despedidas de 2006 e votos de tudo de bom para o novo ano que chega...

_ foto de aifoS _

Que seja um Bom Ano, Feliz,
com surpresas boas e que sempre
nos sintamos aconchegados e queridos!


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Em relação à escolha da carta depois, com as vossas opções, direi alguma coisa. Até para o ano!...

quinta-feira, dezembro 28, 2006

"um ano atrás"

Há um ano atrás via-se magia no espelho dos desejos e votos para 2006.

E hoje, agora, se escolhessem uma carta de Tarot para 2007 qual seria?

100% Natural

Mesmo que o caminho parece escuro
a Natureza que o envolve é magnífica!


_ foto de aifoS _

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Dia a Dia (I)

É natural estar cansada em final de ano, em época de balanços?
ou
É apenas natural o cansaço depois de viagens consecutivas, compras, leituras e de um regresso a casa já pela noite?

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Boas Festas

A todos os amigos e bloggers
que têm visitado este espaço
votos de um Santo Natal!
*** ***
Muito brilho em vocês, no vosso olhar e no vosso coração!
*** ***
- foto de aifoS -

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Aconchega...

Olhar o horizonte não chega, não sacia.

Olhar o horizonte apenas aconchega
na certa incerteza de um futuro risonho.

Olhar essa linha entre céu e mar,
entre Ele e Terra não cura, não beija
apenas suaviza, aconchega!

Olhar o horizonte e essa linha,
neste instante, aproxima-nos!

terça-feira, dezembro 19, 2006

"Fazes-me falta"

Há dias assim, tristes.
Há dias em que me fazes ainda mais falta.

Nos entretantos escrevo-te,
e contemplo a luz da estrela que me guardaste preciosamente.
Nos entretantos cheiros a flores,
únicas e eternas, que me deste.

Há dias assim, que te digo,
"fazes-me falta",
e na escolha de céu e mar,
de brilho e suor, me brindas com teu beijo!

Há dias assim!
Em que me custa mais aceitar, e morro de saudades!

domingo, dezembro 17, 2006

Dia a Dia

Boas Festas, assim desejamos e por isso, mesmo depois de um dia de conferências e de sei lá que mais, optamos por não nos rendermos, deixamos o cansaço para trás das costas e lá vamos nós comprar os presentes que nos faltam.

Já faz aquele frio típico da época. Gorro, luvas, cachecol... hummm que tempo bom, que sensação óptima esta de encontrarmos "isto mesmo" para dar a alguém para quem ainda não tínhamos encontrado "aquele" (the one) presente, que brilho contagiante pelas ruas!

As músicas que escolho agora? Nem sei... além desta com que me tenho deliciado, ainda não fiz a selecção do ano ;) mas o All I Want for Christmas is You nesta época é ponto certo, presença confirmada!

- foto de aifoS -

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Profiterolis

Humm... Profiterolis... de crescer água na boca, de comer e chorar por mais!
Hummm...

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E não há foto porque comi os Profiterolis sem dar tempo a fazer click na máquina fotográfica! :)

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Lugares (I)

- foto de aifoS -

Folhas caídas,
noite a cair sobre a cidade
e lugares vazios no jardim.

Linhas modernas
em contornos físicos frios
que esperam as formas humanamente perfeitas,
em quente palpitar de coração,
no fervilhar do sangue nas veias,
no roçar da mão sobre o papel
e no cheiro a tinta a desenhar letras e palavras...

Folhas caídas,
esperam os passos
e que aqui voltes a ler,
que aqui voltem a escrever,
que além voltemos a sorrir!

Linhas humanamente perfeitas
contorno de lábios doces
com sabor a licor,
em forma poética,
poema,
ensaio,
instante de luz!

domingo, dezembro 10, 2006

Sem mais palavras

"Nós sentimos os dois

Que o amanhã vem depois

E não no fim"

..................................................... André Sardet


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Votos de de uma boa semana!
... Que por aqui há tanto para fazer e tão pouca vontade...

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Aberta a Época

Declara-se oficialmente aberta a época natalícia! ;-)

Listas de prendas já se preenchem.
Algumas compritas já foram feita hoje e outras estão a ser agendadas.

O brilho já nos contagia a todos, ou não?

terça-feira, dezembro 05, 2006

Perto


- foto de aifoS -

sábado, dezembro 02, 2006

Portíco (II)

Avista-se a luz
nos olhos que se imaginam,
na docura do toque de mãos perfeitas
de par em par abertas para um abraço.

Esvoaçam pássaros sobre a fonte,
baloiçam as flores com a brisa calma
e certa incerteza se esvai
no reflexo dos nossos rostos na água que corre...

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Portíco (I)

Escutam-se passos
Anseia-me o encontro,
a incerteza certa do doce de um beijo.

De par em par as portas,
a luz, o arrepio.
Terra, caminho, viagem.

quarta-feira, novembro 29, 2006

Portíco

- foto de aifos -

À frente um mundo

A beleza e o encanto

A incerteza certa da doce melodia

Que só se escuta a dois.

domingo, novembro 26, 2006

Conchas

Conchas que guardas,
conchas que deixas para quando voltares.

Céu aberto,
noite escura,
resguardo na tua concha,
procurando a luz e o momento,
temendo o amanhecer.


Conchas que encontras no areal
que brilham no reflexo da estrela que me deste
e fazem sentido entre aos nossas mãos.




- foto de aifos -



sábado, novembro 25, 2006

Rómulo de Carvalho


Suspensão Coloidal

«Penso no ser poeta, e andar disperso

na voz de quem a não tem;

no pouco que há de mim em cada verso,

no muito que há de tudo e de ninguém.

Anda o cego a tocar La Violotera,

e eu a vê-lo e a cegar;

e a pobre da mulher esfregando e pondo a cera,

e eu a vê-la, e a esfregar

Que riso perto, que aflição distante,

que infíma débil, breve coisa nada,

iça, ao fundo, esta draga carburante,

rasga, revolve e asfalta a subterrânea estrada?

Postulados e leis e lemas e teoremas,

tudo o que afirma e fura e diz sim,

teorias, doutrinas e sistemas,

tudo se escapa ao autor dos meus poemas.

A ele, e a mim».

_______________________________António Gedeão


Tempo de Poesia

«Todo o tempo é de poesia

Desde a névoa da manhã

à névoa do outo dia.

Desde a quentura do ventre

à frigidez da agonia

Todo o tempo é de poesia

Entre bombas que deflagram.

Corolas que se desdobram.

Corpos que em sangue soçobram.

Vidas qua amar se consagram.

Sob a cúpula sombria

das mãos que pedem vingança.

Sob o arco da aliança

da celeste alegoria.

Todo o tempo é de poesia.

Desde a arrumação ao caos

à confusão da harmonia».

_______________________________António Gedeão

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Rómulo de Carvalho: professor e poeta. Ler e recordar!

domingo, novembro 19, 2006

Só uma imagem


_ foto tratada por aifos_

Estonteante

Semana chata, longa, estonteante.

Houve agradáveis tardes, sim.
Houve desporto, também.
Houve alguns quilómetros de estrada, q.b..

Mesmo assim uma semana chata.

E no blogue nenhum comentário ao meu último post que por acaso, só mesmo por acaso, gostei de escrever?

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- Se posso fazer desabafos no Caderno de Apontamentos, posso também fazer cara triste aos não-comentários? Pois...

segunda-feira, novembro 13, 2006

Saber de cor

Sabes de cor os números de telefone de pessoas passadas, esquecidas, mas não sabes o do teu amigo.
Sabes de cor os algarimos do teu VISA mas não sabes os algarismos do preço do brinquedo que te pediram.
Sabes de cor as cores do teu guarda fato, mas desconheces as cores da bandeira do teu país natal.

Sabes tudo demasiado de cor e sabes pouco pelo sentimento forte que faz pulsar o coração.


Sabes de cor o anúncio repetido na rádio, mas não sabes a música favorita de quem te ama.
Sabes de cor o primeiro poema do livro do poeta conhecido, mas não leste o poema que escreveram com o teu nome.
Sabes de cor como é a voz do apresentador do noticiário da noite, desconheces o timbre da minha voz neste instante importante para mim.

Sabes tudo demasaido de cor, com pouca presença e carinho nas mãos que enfias nos bolsos.


Sabes de cor a que sabe o toque, desconheces o toque quando o coração vibra de paixão.
Sabes de cor o cheiro a café, não sabes o cheiro a café partilhado numa chávena alta, em pleno inverno, com a chuva na vidraça.
Sabes de cor as flores que se vendem na esquina do lado, mas nunca cheiraste uma.

Sabes tudo demasiado de cor...


Sabes de cor o momento em que vou sentir saudades, o instante em que bebo o leite antes de adormecer, os passos que dou antes de entrar no ginásio, mas ainda não me disseste quando o fazes, e eu não sei de cor.

Saber de cor,
as sombras que teu sol provoca,
as palavras que tua boca não diz,
e desconhecer o quente de um abraço.

domingo, novembro 12, 2006

Pneu

Pneu furado é...

Há uma primeira vez para tudo e esta que foi a minha primeira vez: descer do carro para ver o que se passa porque quando vou para arrancar sinto algo esquisito, e.... zás o pneu está em baixo.

Pior, pior a ideia que apertam os pneus nas máquinas, e para os tirar, com uma simples chave de ferro torna tudo bem mais complicado.
Pior, pior, pior estar numa zona de passagens de pessoas, mas em hora morta e com poucas disponibilidades para ajudar.
Pior, pior, pior, pior ter o tempo a correr contra mim e o pneu ainda em baixo.

Melhor, conseguiu-se trocar o pneu, ir a uma oficina arranjar o outro, pagar relativamente pouco e chegar a horas ao destino.


Pneu furado é isso mesmo, peripécia do dia a dia e anotação em caderno "para mais tarde recordar e gargalhar"!

quinta-feira, novembro 09, 2006

Queria escrever poesia.
Queria sentir a poesia.
Mas hoje não. Não consigo.

Farta de ser tudo para os outros e me ir despedaçando com isso.
Hoje mais despedaçada. Ajudar e ajudar, e acabar vivenciando as dores dos outros.

Só quero dormir, conseguir dormir, e acreditar que amanhã estará melhor.
Só quero isso.


- peço desculpa pelo desabafo.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Cinema - ao domingo

Cinema - ao domingo.

Assim foi mais um domingo que parecia cinzento do lado de fora da janela,
que parecia cinzento do lado de cá da epiderme.
Sim, cinzento.

Cinema - ao domingo.
Dois filmes que deram um toque.
Sossegaram a chuva lá fora, as lágrimas cá dentro.

O filme da noite, apenas e só uma comédia, fraquinha, mas que sempre deu para umas gargalhadas soltas, desinibidas, alegres.
O filme da tarde, diferente. Banal à primeira vista. Surreal, também.
Levanta questões: o que foi o teu passsado? o que queres do teu futuro? e tudo isso nas mãos abertas do presente... «Nunca é tarde», será?

sábado, novembro 04, 2006

Fonte

Fonte de água viva,
"viva" em águas soltas,
beijo molhado roubado e solto ao vento
numa noite de primavera.

Teu brilho poético e sedução,
minha saudade...





- foto de aifoS -


Fonte de emoções,
tua voz a tremer,
palavras escritas depois de uma noite longa,
oferecidas entre mãos trémulas.

Teu brilho no olhar e poesia,
minha saudade...

quarta-feira, novembro 01, 2006

Curva

Curva e contracurva.
Mais uma manobra,
mais um pouco do caminho que se percorre.

As dúvidas no futuro,
a indecisão se pela estrada ou se se encosta um pouco.

Curva, mais uma.

Paralelos seguidos,
sequências de linhas e formas no chão.
Pedras. Cristais.
Desalinhados, desencontrados.

Curva, mais uma.

Perpendiculares perfeitas...
em ângulos agudos e obtusos
que se estranham e se questionam
pela imperfeição!

Não é constante.
Não é linear.
Não é azul celeste.
Só mais uma curva, e mais nada.

sábado, outubro 28, 2006

Gaivota

«Vê mais longe a gaivota
que voa mais alto»

in Fernão Capelo Gaivota

- foto de aifoS -


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O Algarve no Outono tem uma magia diferente...!

sexta-feira, outubro 27, 2006

E mais...

E agora já marca....
100 705!

quarta-feira, outubro 25, 2006

Quilómetros

Hoje no carro surge um número muito redondo no conta-quilómetros:
100 000

Ufff! :)

domingo, outubro 22, 2006

Do outro lado da janela

Chove, chove tanto lá fora...

Por aqui apenas se escuta cada corte de silêncio
por cada gota insistente que avança sobre a calçada
e nos bate na janela.

Chuva que disfarça as lágrimas,
aquece a solidão e desfaz porquês.

Hoje com a chuva escrevo,
com a chuva mergulho nas palavras que te tocam
e assim faz mais sentido estar ainda aqui,
estar de novo perto e ainda longe
do dia de amanhã.

Chove, chove muito lá fora...

Silêncios agora tocados por sequências e ritmos,
tudo porque chove lá fora,
tanto ou mais do que em teus olhos.

sábado, outubro 21, 2006

Cansaço

Viagem. Estradas.
Chuva, muita chuva.
Informação.
Noite mal dormida.

Por isso estou cansada,
mas volto mais logo para escrever aqui.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Post 150

Há palavras cruéis.
"Não colocado", "Desempregado", "Com qualificação a mais", "Sem qualificação para", "Carta de apresentação nº 1590", ufff

Fico triste. É assim que hoje estou.


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O Post 150 [também] não vem animado.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Dias (I)


Os dias. Iguais a eles mesmos.

Sábado de Sol. Direito a sardinhada, bem saborosa... Ehehehe!

- foto de aifoS -

O domingo veio mais sombrio, dei um mau jeito nas costas para chatear ainda mais.

Hoje a chuva veio forte e mostrar que a estação do ano muda ainda mais a cada dia que passa.
E mais uma semana começa, ufff.


Os dias. E mais dias.
Iguais a eles mesmos.

sábado, outubro 14, 2006

Beleza Natural

- foto de aifoS -

Isto é Património da Humanidade! :)

Évora tem sempre um encanto, um toque especial, volte lá quando voltar.
Registar o que de belo por lá se vê é algo que se tenta fazer,
mas sentir as coisas torna-as diferentes e ainda mais belas!



quarta-feira, outubro 11, 2006

Não chega

Não chega chegar a casa e ter um bom banho.
Não chega chegar a casa e ter um jantar de deuses.
Não chega.

Não chega as palavras apressadas
nem a simpatia ao telefone
nem o ramo de flores pelo postal virtual.
Não chega.

Não chega chegar a casa e sentires saudades, mas eu não estar por perto.
Não chega chegar a casa com a certeza que vamos estar juntos depois.
Não chega.

Não chega o café delicioso que sabes fazer
nem a compota no bolo
nem a manteiga a derreter na torrada que tomas com leite.
Não chega.

Não chega chegares a casa, se o dia foi como foi.
Não chega chegares a casa se antes disso não levares o meu abraço.
Não chega.

Não chega a minha mão na tua mão,
mas aconchega!

terça-feira, outubro 10, 2006

Beijo

Nem sempre importam palavras...

Hoje é isto que importa e aqui deixo:
um beijo!

Um beijo rápido, carinhoso, meigo.
Um beijo seguido de outro e outro e outro.

Porque ...

mais um beijo!

domingo, outubro 08, 2006

Azul

«RECEITA PARA FAZER O AZUL

Se quiseres fazer azul,

pega num pedaço de céu e mete-o numa panela grande,

que possas levar ao lume do horizonte;

depois mexe o azul com um resto de vermelho

da madrugada, até que ele se desfaça;

despeja tudo num bacio bem limpo,

para que nada reste das impurezas da tarde.

Por fim, peneira um resto de ouro da areia

do meio-dia, até que a cor pegue ao fundo de metal.

Se quiseres, para que as cores se não desprendam

com o tempo, deita no líquido um caroço de pêssego queimado.

Vê-lo-ás desfazer-se, sem deixar sinais de que alguma vez

ali o puseste; e nem o negro da cinza deixará um resto de ocre

na superfície dourada. Podes, então, levantar a cor

até à altura dos olhos, e compará-la com o azul autêntico.

Ambas a s cores te parecerão semelhantes, sem que

possas distinguir entre uma e outra.

Assim o fiz – eu, Abraão ben Judá Ibn Haim,

iluminador de Loulé – e deixei a receita a quem quiser,

algum dia, imitar o céu».
Nuno Júdice


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Às vezes um pouco de cor, um pouco de azul... para um fim de semana mais saboroso - ou pelo menos nessa tentativa!

sábado, outubro 07, 2006

Sua dor

Dói, dói muito ainda.

Não cresças assim, sozinha, isolada, pelo pior caminho,
por caminho desconhecido.
Não. Queda-te.
Ouve.

Dói, doi demais cá dentro.

Sê uma pessoa digna, dura contigo mesmo (se tal for preciso)
Sacrifica a tua felicidade (se for o caso)
mas age em consciência, em coerência, em pureza, em verdade
e não ouses nunca fazer o que depois te fará arrepender para o resto dos teus dias,
e para toda a eternidade que isso significa.

Não isso não.

terça-feira, outubro 03, 2006

Lis

Flor. Poesia. Aroma.
Lis. Símbolo.

Flor de Lis. Confissão.
Palavra gasta e nova.

Flor. Poesia. Ponte.
Lis. Paz e Pureza.

Flor. Flores. Odores.
Símbolo de Mensagem,
de guarida, de vida, ligação.

Flor de Lis,
Bússola, trapézio, compasso,
demora, promessa.

Flor de Lis.
Pétalas. Poema.

domingo, outubro 01, 2006

- Primeiro Aniversário -

Começou assim::
"Capa de mais um caderno que se estreia.
Emoção envolvente daquilo que para mim é sempre um momento único:
- começar!"



Hoje relembra-se e comemora-se a existência de algumas páginas neste caderno, que vocês também têm preenchido.

Hoje estão convidados a aparecer, como aliás sempre estão. Convidados a comentar, a deixar olá, a testemunhar as palavras, os dias...

Hoje, depois do Super-Homem no cinema, aqui passo antes de terminar o dia, antes de começar outro. Mesmo sem Super-Homem há muito de belo para podermos fazer sempre, não acham?

Hoje. Passou um ano que esta "aventura" começou!


Também um ano de desemprego. De luta. De frustração. De lágrimas.
Mas também de novas experiências, de sonhos, de crescimento, de viagens, de partilha de beijos e chocolates (com vocês, lol).


Já com saudades,
Um beijo a todos e digam-me:
- vale a pena continuar?

sábado, setembro 30, 2006

Fragrâncias no chocolate

Chocolate.
Um bom chocolate quente,
divinal!

Chocolate,
que aquece a boca,
que se derrete pelo calor da noite.

Chocolate
nos lábios perfeitos
que decalcam palavras,
sensações e emoções,
como moléculas de oxigénio renovado,
como fragrâncias...

segunda-feira, setembro 25, 2006

Anoitece

Anoitece, serenamente.

Depois de tuas palavras, depois do murmúrio final das ondas,
a janela fecha-se para que possa sonhar.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Outono

Nova estação, primeiras chuvas.
O casaco que ainda tem o teu cheiro,
a saudade que só aumenta e não queda.

Brisa do mar no rosto,
areia gelada sob os pés,
onda que te beija.

Nova estação,
O bilhete que escrevo
e que vais ler, quando chegares.


...



E que com o outono cheguem novos desafios...

domingo, setembro 17, 2006

De costas

Fico de costas, sim.

Acaba o verão, a festa e os raios de sol.
...
Deixamos o verde e o rosa dessas flores,
Fica apenas uma luz,
o brilho dos teus olhos...


quinta-feira, setembro 14, 2006

Rapazote

Rapazote. Era apenas e só um rapazote de 25 anos.

Não que eu seja muito mais velha (quem me conhece, sabe até que nem essa idade completei) mas rapazote é a palavra mais adequada que encontro para ele. Homem identifico com alguém mais velho, quase (ou até mesmo) de outra geração. Rapaz é mais comum, é corriqueiro dizer-se. Podia sempre optar por moço, moçoilo, garoto... Mas rapazote parece-me mais ternurento e ao mesmo tempo mais enquadrado com a pessoa de que vos escrevo.

Rapazote. Era apenas e só um rapazote de 25 anos. Trabalhava num recanto da cidade. Um trabalho como outro qualquer – como se diz por aí. Um trabalho que o alegrava, que o fazia conviver com pessoas de muitas idades e feitios, com desiguais preferências e estilos, com maneiras de ser e estar divergentes. Um trabalho que não era o seu sonho ainda. Tirara um curso superior mas o emprego nessa área era difícil de arranjar. Então resolveu trabalhar ali mesmo pois queria ganhar a sua independência e não estar o resto da vida a sobrecarregar os pais que tantos sacrifícios têm feito para pôr a estudar os quatro filhos.

O trabalho que exercia permitia-lhe, por um lado, essa independência de que vos falava, por outro lado, um sorriso nos lábios diariamente. Além do mais, repensava o que fazer da vida e estava a ponderar as sérias hipóteses de vir a tirar um outro curso, desta vez mais próximo daquilo que é o seu sonho ou, quem sabe, o seu próprio sonho. Até lá, vivia cada dia, com regular normalidade - aos olhos dos demais.

Certo dia, entrou pelo restaurante uma moçoila comum em qualquer parte do mundo, digo eu. Mas desde logo, seus olhos ganharam um brilho diferente e, quando foi servir a sua mesa, não conseguiu mesmo evitar corar.

O seu rosto, levemente moreno do fim de semana de férias da Páscoa que passou em praias espanholas, não escondeu a cor ruborizada que ganhou nos instantes em que dirija as habituais palavras a quem se sentava no Come Bem para mais uma refeição.

A rapariga pediu o prato do dia e uma cola-cola..

- Cola-cola light? – perguntou.

A rapariga riu e disse que não.

Ele seguiu na direcção do balcão e esgueirou-se para a cozinha. Pediu à cozinheira mais um prato do dia. Foi até à arca tirou de lá uma coca-cola. E ficou pensativo, com o copo a rodar de uma mão para a outra e a cabeça na lua.

- Rapaz, as mesas 7 e 9 estão a pedir a conta. As mesas 1 e 25 querem fazer os pedidos. Mexe-te. Que se passa contigo hoje?

Estremeceu. Caiu dos seus sonhos para a realidade vulgar de mais um restaurante em hora de almoço. Não respondeu. Seguiu de volta à sala, deixou as contas nas mesas 7 e 9 e perguntou ao cavalheiro da mesa 14 se podia trazer o cafezinho. Mas a resposta afirmativa do cliente não o levou de volta ao balcão. Antes disso foi de novo à mesa da rapariga...

- Desculpe, deseja a sua cola-cola com ou sem limão?!

- Sem limão. Apenas pedi uma coca-cola! – sorriu.

Voltou a ruborizar mas, desta vez, ela nem teve tempo de reparar em tal facto pois ele de imediato voltou para a cozinha.

Bebeu uma garrafa de água de um trago apenas.

Continuou o seu trabalho. Tentou manter a atenção no que fazia e até conseguiu, tirando os pratos trocados entre as meses 8 e 12, tirando a escorregadela que deu quando ia levar a conta ao Sr. Francisco e tirando os descafeínados que trocou por bicas cheias a jovens que estavam ao balcão.

A rapariga que o fazia corar partiu e aos seus olhos o restaurante foi tomado de um breu profundo, de um dióxido de carbono irrespirável. As semanas que se seguiram também lhe pareceram sem cor, sem brilho, sem glamour. Sempre que saía à noite achava tudo monótono, doentio, sem ritmo. As conversas com os amigos pareciam frias, fúteis, machistas. O telemóvel esteve desligado cerca de 2 semanas. A sua mãe começou mesmo a achá-lo mais magro.

- Oh mãe, não estou nada. Não é nada, está tudo bem.

Ele estava ciente que andava esquisito. Mas, conscientemente, não sabia bem o porquê daquele estado.

Dia de folga. Excepcionalmente (desde há muito tempo) dormiu 12 horas a fio. Faltavam quinze minutos para a uma da tarde quando resolveu ir até ao Come Bem pois ainda não tinha fome para o almoço e apeteceu-lhe dar uma volta e quem sabe ajudar um pouco por lá.

Entra. Ao dizer o seu caloroso Bom dia a toda uma série de pessoas que estavam perto do balcão, passa os olhos por toda a sala e, no mesmo canto de há algumas semanas atrás, viu sentar-se (naquele instante preciso) com tamanha delicadeza e encanto a rapariga morena, de olhos castanhos.... Pulou para o outro lado do balcão e aprontou-se para mais um dia de trabalho, mesmo sendo de merecido descanso.

- Bom dia!

- Boa tarde!

- Já fez a sua escolha?

- Hummm .....

- Se me permite posso aconselhar-lhe o prato do dia, que está hoje ainda mais delicioso que outrora. Para beber uma coca-cola bem fresca, sem limão.

- Quase perfeito... E se eu hoje quisesse variar? E não pedisse o habitual?

- Seria, com certeza, uma óptima escolha. Sugerir-lhe uma rosa branca seria muito irreverência da minha parte? – e retirou do arranjo que estava próximo do pórtico poente uma rosa linda, inebriando um perfume único, que lhe estendeu.

- Agradeço pois, com simpatia, se bem que sempre diminuta perto da sua mas... Vou querer mesmo o prato do dia e cola sem limão!

O rapaz não estava em si. Desta vez não corou perto da rapariga de olhos castanhos (de quem nem sabia o nome) mas quando falava com o patrão ficou vermelho que até foi motivo de galhofa.

Não voltou a dizer mais garçolas e limitou-se, nos momentos seguintes, a comportar-se como o mero garçon.

A rapariga de olhos castanhos estava mais sorridente do que quando entrara ali. Pegou no jornal regional antes de almoçar, folheou de trás para a frente as folhas compridas e desajeitadas. O destaque da primeira página, sobre um lançamento de um livro, tomou-lhe alguma atenção. Atendeu duas chamadas que a fizeram rir um pouco. Tudo isto visto pelo olhar atento do rapazote.

Teve uma ideia! Abriu dezenas de gavetas dos armários que ficavam por detrás do balcão na expectativa de encontrar uma folha de papel branca não amarrotada e sem símbolos publicitários a cervejas ou algo do género.

Encontrou, a muito custo e quase a desesperar, uma folha. Tirou a sua caneta de tinta permanente do bolso esquerdo da camisa, refugiou-se num recanto mais calmo e decidiu escrever. Um jorro de palavras invadia-lhe a mente mas nada ainda havia sido escrito na folha. Interrompeu o exercício de selecção de palavras para ir tirar três cafés e fazer a conta de mais uma mesa.

Voltou a pegar na caneta e escreveu:


A delicadeza de tudo o que contemplo

em si e a magia que fica no ar quando está

perto fazem-me cometer a ousadia de lhe

enviar este bilhete.

As palavras não são o meu forte mas

se for preciso transformo-me em escritor

para captar a sua atenção: aceita tomar o

café mais tarde, em local agradável e em

minha companhia?

Às 16horas no jardim?

Filipe

Atrevimento?!


Quando levou a conta deixou, por baixo do talão, o bilhete, dobrado em quatro partes milimetricamente iguais.

Não me pareceu, a mim pelo menos, que tivesse havido surpresa na descoberta do bilhete. O que lhe ia na alma não detectei mas fiquei curiosa. O rapaz seguia, de longe, todos os seus movimentos. Ela colocou o dinheiro no pratinho. Retirou o bilhete e colocou-o em cima da mesa. Ergueu-se, colocou a carteira na mala. Fechou-a. Segurou o papel na mão esquerda e quando se preparava para ajeitar a cadeira o rapazote chegou perto da mesa (e na certeza que ela não tinha sequer aberto o bilhete) perguntou:

- Deseja mais alguma coisa?

A resposta veio, serena e doce.

- Há instantes especiais, não há?

Tentou responder - os movimentos dos seus lábios comprovaram isso - mas não se ouviu som algum. Ela sorriu abertamente e disse:

- Há palavras que se pressentem mesmo sem antes as lermos...

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Hoje uma crónica que prima por sensibilidade e jovialidade.
Nem sempre os momentos são poéticos e hoje, dia-não-póetico pode-se escrever noutro tom... crónica!

quarta-feira, setembro 13, 2006

Chocolate

Aqui temos algo engraçado que anda pelos e-mails(não podemos só estar agarrados ao que não corre bem, não é verdade?).
É para fazer sem batota :)
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«Determinar a idade com chocolate»
1. Quantas vezes por semana lhe apetece comer chocolate? (resposta tem de ser um número maior que zero e menor que dez).

2. Multiplique esse número por dois (pra ser par).

3. Some 5.

4. Multiplique o resultado por 50 (vá esta pode ser com calculadora, lol).

5. Se já fez anos em 2006 some 1756. Se ainda não fez anos some 1755.

6.
Agora subtraia o ano em que nasceu (número de quatro algarismos).

Obteve-se um resultado de 3 algarismos...
O primeiro algarismo é o número de vezes que lhe apetece comer chocolate por semana.
Os dois algarismos seguintes são a sua idade!
;)


- 2006 é o único ano em toda a eternidade em que isto é possível!

quinta-feira, setembro 07, 2006

Polegar

Com seus dedos nos meus
O toque quente e diferente
ainda sinto, ainda sinto.

Com seus dedos nos meus
O polegar na palma da minha mão,
deambula, rodopia e massaja
ainda sinto, ainda.

Doçura no toque.
Tudo serena em redor...

Mãos de dedos perfeitos, delicados
toque único, sensível
tudo na recordação do teu polegar na palma da minha mão.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Impulso

Num impulso
escrevo, escrevo mais um pouco,
algumas linhas que gostava de partilhar.

Num impulso
aguardo o teu impulso,
que te faça pronunciar uma palavra
e me abrace com força.

Num impulso
o teu impulso chega,
lês as palavras

pronunciamos juntos a noite,
que se embala na luz da Lua,
cúmplice de afectos e paixão.

Num impulso
o espelho reflecte o meu rosto,
o teu sorriso terno.

Num impulso
aguardo o teu impulso
e a rosa prometida.

terça-feira, setembro 05, 2006

«Because Of You»

Because Of You... de Kelly Clarkson

I will not make the same mistakes that you did
I will not let myself cause my heart so much misery
I will not break the way you did
You fell so hard
I've learned the hard way, to never let it get that far

Because of you
I never stay too far from the sidewalk
Because of you
I learned to play on the safe side
So I don't get hurt
Because of you
I find it hard to trust
Not only me, but everyone around me
Because of you
I am afraid

I lose my way
And it's not too long before you point it out
I cannot cry
Because I know that's weakness in your eyes
I'm forced to fake a smile, a laugh
Every day of my life
My heart can't possibly break
When it wasn't even whole to start with

Because of you
I never stay too far from the sidewalk
Because of you
I learned to play on the safe side
So I don't get hurt
Because of you
I find it hard to trust
Not only me, but everyone around me
Because of you
I am afraid

I watched you die
I heard you cry
Every night in your sleep
I was so young
You should have known better than to lean on me
You never thought of anyone else
You just saw your pain
And now I cry
In the middle of the night
For the same damn thing


Because of you
I never stay too far from the sidewalk
Because of you
I learned to play on the safe side
So I don't get hurt
Because of you
I tried my hardest just to forget everything
Because of you
I don't know how to let anyone else in
Because of you
I'm ashamed of my life because it's empty
Because of you
I am afraid

Because of you

----
Uma música que ando a ouvir...
E que adoro!

sexta-feira, setembro 01, 2006

Abraços

terça-feira, agosto 29, 2006

Insónia

Insónia.

Voltas e voltas na cama.
Lençóis amassados.
Voltas e voltas, sem conseguir dormir.

Insónia.
Quero dormir, preciso dormir...

Respiração suave.

Insónia.

Não.
Assim não.
Preciso dormir.

Respiro fundo.
Tento mas não consigo,
não consigo parar de pensar.

Tiras-me o sono, sim
desde o instante em que o teu sorriso me embriagou
e, pela primeira vez, tuas mãos me tocaram.

domingo, agosto 27, 2006

Luís Represas

«Há por aí

Tanta gente como eu

E como tu

Que sabe que não estamos sós»

terça-feira, agosto 22, 2006

"A festa da vida"

Que venha o sol o vinho e as flores
Marés, canções de todas as cores
Guerras esquecidas por amores;

Que venham já trazendo abraços
Vistam sorrisos de palhaços
Esqueçam tristezas e cansaços;

Que tragam todos os festejos
E ninguém se esqueça de beijos
Que tragam prendas de alegria
E a festa dure até ser dia;

Que não se privem nas despesas
Afastem todas as tristezas
Pão vinho e rosas sobre as mesas;
Que tragam cobertores ou mantas
E o vinho escorra p'las gargantas
E a festa dure até às tantas;

Que venham todos de vontade
Sem se lembrarem de saudade
Venham os novos e os velhos
Mas que nenhum me dê conselhos!

Que venham todos de vontade
Sem se lembrarem de saudade
Venham os novos e os velhos
Mas que nenhum me dê conselhos!

(Carlos Mendes)

- "A festa da vida" pode e deve fazer-se!
... mesmo quando parece que não temos muitos motivos para sorrir, encontraremos algum...

sábado, agosto 19, 2006

Post 127

"Não colocados" é uma lista sempre triste, que mesmo quando esperamos nos prega um valente murro no estômago...

O Post 127 não vem animado.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Página do Moleskine


E sorrimos a recordar as férias,

E preenchemos m
ais uma página...





sábado, agosto 12, 2006

Margens

(...)

Nas margens do rio
Em reencontro com a força telúrica
No instante em que o papel não faz sentido,
apenas o cheiro a rio, a natureza, a pão quente
e chocolate nos teus lábios.

Nas margens em que pessoas choram
riem,
cantam,
murmuram segredos,
fazem promessas,
pedem desejos...

(...)



Boa Contiuação de férias! Eu terei mais uns dias de descansao...!
...

sexta-feira, agosto 11, 2006

Vertigem

Sensação abismal,
vertigem incandescente...

Perco-me, tola,
e escrevo
a preto, a azul céu,
em dourada linha de horizonte.

Soltam-se emoções,
lágrimas sobre um rosto triste que escrevo,
descrevo, imagino.

Gritam saudades
em palavras sequenciadas,
numa carta que se afigura.

Labaredas.
Eco numa rua vazia.
Estrelas cadentes a teus olhos.
Lua secreta,
que confidencia murmúrios.

Vertigem,
incandescente!

quinta-feira, agosto 10, 2006

"No Hero"

«No love, no glory,
no hero in her sky»


* Numa música para escutar de novo...

terça-feira, agosto 08, 2006

Farol (I)

Quero subir aí e ver contigo as estrelas.

Quero subir aí e percorrer a linha do horizonte com minhas mãos,
que as tuas entrelaçam.


Quero ver daí o mar que toca o céu,
a areia em que decalcas o nosso nome,
as conchas que compõem o teu quadro, o meu poema.


Quero, de areal a meus pés, abrir o melhor vinho,
brindar,
estremecer.


Quero subir aí e ver a Lua reflectida nas ondas que nos sussurram.


Quero guardar o momento,
transformar o instante em eternidade.

...

Quero voltar.
Quero voltar lá, contigo.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Fenomenal


Céu e Mar,
Onda e rocha,
...
Paraíso!

segunda-feira, julho 31, 2006

Férias

Férias... Ferien ... 休暇 ...

Preciso de férias e elas finalmente chegam!
.
.
.

Até já...!

sábado, julho 29, 2006

O que resta

"Teus grandes olhos são a luz que me resta
das constelações destroçadas"


in Cem Sonetos de Amor de Pablo Neruda

quarta-feira, julho 26, 2006

Para lá dos muros


Para lá dos muros
o azul do céu,
o encanto do verde,
o sonho quente de verão...

Para lá dos muros
as férias desejadas...

Contam-se os dias que faltam
deseja-se o manhã
decide-se no hoje.

Para lá dos muros
erguem-se árvores altas que apontam o infinito
e o céu brilha no seu azul que toca o mar.

Depois anoitecerá, sim...
mas a beleza perdurará.

domingo, julho 23, 2006

"Faz bem"

Fazes bem, sim!

Faz bem rir até não poder mais.
Faz bem correres feito louco na direcção do que gostas.
Faz bem um café morno que tem o teu toque,
umas pedras de gelo a tilintar no copo que sorvo,
um gole de licor numa noite estrelada.

Fazes bem, sim!

Faz bem avançar por essa voz que escutas,
não parares pelo medo,
perceber quem és e o que vales nesse projecto que levantas.

Faz bem fechares a porta da dor,
abrires a janela do sorriso com covinhas no rosto.
Faz bem cantares a tua música,
releres o poema que escreveste com alma.

Fazes bem? Não.
Fazes muito bem.

Faz bem o cheiro da noite de verão,
o incenso que arde a contra-luz,
a canela sobre o doce que provas, feito só para ti.

Fazes muito bem!

sábado, julho 22, 2006

Contar

Contar dias e horas
segundos e instantes.

Contar quilómetros e milhas
metros e passos.

Contar pedras da calçada
e folhas secas pelo chão.

Contar desejos, anseios, segredos.

Contar sentidos, sentimentos, sensações.

Contar com a ausência
e com a presença.


Contar passos, caminhos, labirintos.

Somar.
Multiplicar.

Subtrair alguns dias...

Contar fotografias, sombras, gelados.

Contar com férias!

segunda-feira, julho 17, 2006

"Suor"

Escorre o suor pela tua pele
mais uma jornada que vives
mais um dia que sonhas
mais um dia que sentes este calor, por aí
como por aqui também se sente.

Escorrem as águas na direcção do mar
as lágrimas em direcção à praia
e o suor nasce de novo em ti.
Desenha-te os contornos,
recorda momentos,
instantes, calor, desejo,
teu beijo.

Quente o dia,
a sensação e o sentimento.

Quente o teu rosto
e o teu pulsar...

Quente o teu beijo.

domingo, julho 16, 2006

Caminho



quarta-feira, julho 12, 2006

Julho

Julho. Calor.
Chamas de imensidão.


Julho. Sol. Terra quente.
Cai a noite, também aqui.
Cai a chuva também agora.

Estrelas escondidas por entre as luzes da cidade.
Lua meiga que te encanta antes de adormecer.

Julho...
Em que o vidro da janela fica molhado
mas em que as janelas estão de par em par
e há sorrisos por onde andamos.

terça-feira, julho 04, 2006

Sinceramente...

Ontem foi estranho.
Há dias assim, simples e iguais a tantos outros mas em que algo nos arrepia, nos estremece por dentro...

Já no final da sessão da ginástica & aeróbica, em plenos exercícios de relaxamento, sonho acordada com ele...
"... e se de repente ele entrasse pela porta lá do fundo com o-seu-sorriso e quando eu me aproximasse ele simplesmente me dissesse "vim buscar-te"... ou um simples "estou aqui" e um beijo calasse tudo, terminasse dúvidas e porquês, apagasse saudades e porque-nãos..

Sonho.
Olhei mesmo a porta - sonhadora - mas não estavas nem vieste. Pelo menos ontem não chegaste.


De forma sincera, uma ilusão ou simplesmente o pulsar ... do coração.

domingo, julho 02, 2006

Perfeição


Perfeição!
Perfeição no lugar, no sentir e no odor...
Perfeição no sentimento que se sente,
mesmo diante de imperfeições citadinas a que quase nos habituamos.

Uma perfeição de cor,
uma perfeição na saudade que brota do peito
e que, por não saber exprimir de outra forma,
escrevo em poesia,
num lugar poético,
perfeito!

quinta-feira, junho 29, 2006

Santos Populares

Já lá vai o Santo António e o São João...
Hoje é dia de São Pedro, feriado em Évora. Por aqui, um dia normal. Trabalho e trabalho, ocupação. Mas amanhã vou estar por lá... e a feira deve continuar ao rubro. Talvez ainda veja aquilo. Apetece-me passear e não pensar em nada.

---
No fim-de-semana vou trazer poesia a este canto - isto para quem já perguntou!

sábado, junho 24, 2006

"Marcas na Areia"

«Deixaste marcas na areia?

Deixei pegadas, deixei sulcos dos dedos sobre a areia quente, deixei um rabisco num naco de papel...
Deixei passadas largas na direcção do mar, deixei passinhos curtos na entrada da água, deixei o mar...
Deixei o meu nome escrito e uma mensagem que alguém talvez (ou não) leia.

(...)
Trouxe marcas fortes, trouxe!»

---
Tem quase um ano que escrevi estas palavras...
O local? Pois... o lugar é lindo e vou lá voltar no próximo mês... prometo a fotografia!

...

Um início de fim de semana com coisas boas e coisas menos boas.

¨ Datas estabelecidas para novas entregas e para defender as já feitas;
¨ São João alegre na cidade de Évora;
¨ São Pedro prevê-se engraçado também...;
¨ Lisboa só mesmo para Julho...;
¨ Nova parte de concursos... e tudo o que isto significa (física e psicologicamente);
¨ Férias com data quase 100% certa. :)))

¨ Cheiros de verão :)) - Bronzeador já sempre por perto... e, mesmo assim, com direito a vermelho no ombro ( ~100kms).

---
Bom fim de semana!

quarta-feira, junho 21, 2006

Nem sempre

Nem sempre...

Nem sempre se vê vazio,
negro,
e sombra.

Nem sempre...

Hoje, o céu está mais azul.
Hoje, além da tecnologia vê-se paisagem.
Hoje...
sente-se a Natureza,
ouve-se o encanto.

Nem sempre...
há o privilégio de terminar o dia com o canto dos pássaros.

domingo, junho 18, 2006

Ponto da Situação

Hummm.....
Ponto da situação, sem poesia.

* Meados de Junho, com ainda uma boas semanas de trabalho pela frente (longas, a meu ver).
* Ida a Lisboa adiada pelo trabalho e que tenho de agendar de novo.
* São Pedro de Moel a fazer um ano... marcar com urgência um fim de semana (pelo menos) por lá.
* Férias... terei de marcar dias... fazer um primeiro plano (não estático) mas que me oriente e torne menos pesados os dias até lá.
* Desemprego q.b. ... agora com a diferença de mais um documento oficial em casa e que, segundo as palavras de ontem, estipula o "primeiro dia do resto das nossas vidas" ;)
* Amigos que quero reencontrar - ontem encontrei dois que me alegraram muito e tornaram o dia e a festividade ainda mais bela ;)
* Pessoas que teimam em passar-nos à frente dos olhos também há... mas até foi soft


Ideias & dicas para que deste ponto de situação saia para a "Agenda" serão bem vindos...
Bom domingo e boa semana!

sexta-feira, junho 16, 2006

Únicos

Há dias únicos...
E dias que recordamos com saudades, com ternura...

Há dias assim:)

domingo, junho 11, 2006

Tempo

Passa o tempo, o tempo que passa.
Passos largos, passos curtos,
anos e segundos,
vivências, experiências e segredos.

Tempo que fica aqui no peito
com a paixão que me fazes sentir
com a saudade dos teus olhos
no amor de mais um dia.

Tempo.
Saudade que mato
em mais um pedaço de areia da ampulheta da vida...

Passa tempo e tempo que passa...

Azul no céu.
Encanto terreno.

Profano e santo na dor
como também no amor.

Tempos...

sexta-feira, junho 09, 2006

Altos voos


---
Votos de bom fim de semana, com céu azul e "altos voos"... pois é disso tudo que eu também estou a precisar!

sábado, junho 03, 2006

Sinos


Tocam os sinos
Incendeia-se o céu!

Tocam os sinos
alma que grita
pássaro que voa sem rumo.

Tocam os sinos
melodias celestes,
Inflamam o coração,
com as palavras que a teus lábios
pronunciam.

Feiras do livro

Em plena época das tradicionais Feiras do Livro o apelo à leitura parece ainda ser maior. Eu, confesso, não tenho contado com o tempo necessário para pôr as leituras em dia...

Agora a ver se recomeço...

Portanto:
- Aceitam-se sugestões de leitura!

quinta-feira, junho 01, 2006

Dia da Criança

Porque a poesia também é esta luz e cor do dia da criança,
também são balões pelo ar e músicas a entoar
lembrando momentos, presentes e futuro! ;)

Porque...



Sim! ...
A poesia também é isto!

terça-feira, maio 30, 2006

«Lugares I»


Um banco de jardim comum...
e muito privilegiado!

domingo, maio 28, 2006

Brilho

Numa música diz-se...
«No teu Poema
existe a esperança acesa atrás do muro,
existe tudo o mais que ainda escapa
um verso em branco à espera de futuro»
---
E o resto é brilho... porque há sonhos que se podem realizar!

sábado, maio 27, 2006

Hora de calor


Dia quente, marcado no tempo...
Vertigem.

...

Agora sim, a beleza do monumento,
do sítio,
se soltam de passados e presentes.

É apenas um relógio lindo!
Uma torre fabulosa,
que desta vez a máquina captou

e os olhos gostam de rever.

Olhar o presente, na hora certa!

sexta-feira, maio 26, 2006

"Dias normais"

Há dias assim, normais.
Mornos e normais, banais.

Também nesses dias surgem momentos
inesperadamente... encantadores.


---

E hoje não escrevo mais... até já!

terça-feira, maio 23, 2006

Parêntesis à poesia

Um parêntesis.
Estes dias têm sido cansativos.
Sim, mesmo assim tenho escrito - respondo a quem tem perguntado por mais palavras.
O meu recente Moleskine já começou a ser preenchido.

Logo que tenha tempo, coloco aqui mais alguns pensamentos, mais poéticos ;)


Um parêntesis.
Fim de semana longo. Trabalhos e recensões e artigos... uff. Cansaço.
Ao menos a sessão de cinema no sábado foi boa!


Um parêntesis... já a fechar!
Até já...

sexta-feira, maio 19, 2006

Ruas

Aqui sozinha vejo a noite cair sobre a cidade.

Estas ruas tomam em si um brilho diferente,
um toque divino sobre a terra,
uma presença notada pela ausência
de outros tons, formas e sons.

Ruas que se tornam labirintos.
Pessoas atrás das janelas,
fecham cortinas,
abrem espaços interiores
de convívios intimistas com os seus.

Ruas...
Por aqui
E por aí também, debaixo de seus pés!

Ruas...
Que vejo daqui,
na última miragem que lhes lanço,
antes de ficar só.

Ruas...
Amanhã, reencontro!

Ruas...
Por aqui
E por aí também, debaixo de seus pés!

terça-feira, maio 16, 2006

Crónica de «Muitos»

Nem sempre os dias parecem ter as mesmas horas.
É certo que têm, rigorosamente, 24horas mas que às vezes não parece... lá isso não parece.

Trabalhar em algo que não é assimilado como fazendo parte da nossa vida, é terrível.
Frustrante.

O regresso a casa alegra-me.
Posso estar com os meus.
Sonhar com o fim-de-semana.
Planear as férias.
Ver o DVD contigo.
Rir à gargalhada de coisas simples, triviais.
Sentir saudades, de ontem.
Querer o amanhã, mais meu.


O momento em que posso escrever é o mais mágico,
aquele que ainda quero repetir.

domingo, maio 14, 2006

"Imagem contrária"

Imagem de primavera
de Sol, de luz, de cor.

Imagem de verde e branco,
de celeste e jasmim,
de popoila roubada ao campo
pelo vento que borda o teu rosto
e traz o teu beijo.

Imagem.
Que quero voltar a ver depressa.


Foi mesmo um fim de semana chato, longo e trabalhoso. Mas no meio das minhas fotos, encontrei a "imagem contrária" a tudo isto. Por isso não existo em a colocar por aqui.
Assim se deseja a semana!

quarta-feira, maio 10, 2006

"Avenida"

A calçada que desço
A fonte que corre
A imagem que se vê ao fundo...


Quadro pintado a aguarelas
Vento no rosto, acolhendo.
Tinta que se transforma
em espaços e passos
em pessoas e sons.


É desta calçada que desço
que vejo um barco a passar
rumando para lá
(seja Norte, Sul, rio ou mar,
apenas mar)
e se deixa, de novo, transformar...

segunda-feira, maio 08, 2006

Ascensão


"Ao cimo de ti"

Contraste

Imagem.
Fotografia.
Tempo que passa a correr.

Contraste.

Tempo que teima em não passar.
Tinta fresca que escorre do pincel.
Tela velha, anos a passar.

Sol de Abril.
Memória eterna.
Sentimento que ainda não abandonei
(não consigo).


Perdida.
Reencontrada nos seus olhos que reflectem o
Rio.

Vento e Sol sobre o Rio.
Número.

Poema.
Contraste.
Contorno de teu corpo.
Tuas palavras,
Hoje feitas em quadro.
Silêncios...
Certeza.


- Achei muito engraçado (re)encontrar este poema. Não foi escrito no mesmo local dos últimos. É um poema bem mais antigo, mas fala de "um rio" com um ritmo semelhante. Então... em contraste de datas, em sintonia de sons e lugares, de águas que a ritmo branco tocam a praia, fica o poema e o apontamento.

sexta-feira, maio 05, 2006

Mágico

quarta-feira, maio 03, 2006

Rio (I)

Caminha-se lado a lado com a espuma do mar, com o brilho do sol no rio, com a ponte que se eleva a braços para o céu e nos faz perguntas.

Atravessam-se estradas por entre travagens de carros acelerados, por entre buzinões de pressas stressantes. Saltam-se muros, vislumbram-se outros que se passam com saltos tímidos, aventureiros, primaveris.

Desligam-se os motores. Tiram-se do ar as letras e as músicas. Fecham-se portas.
Molha-se o rosto.

Olha-se finalmente o rio, com o coração que salta do peito e se tranquiliza com o perfume da noite que cai em seu leito.

Caminha-se lado a lado com a espuma do mar, com o brilho do sol no rio, com a ponte que se eleva a braços para o céu e nos diz que o final de dia será agradável.

terça-feira, maio 02, 2006

Rio

Águas que se movem
Odores que se soltam
Encantos ampliados
no reflexo do olhar doce.

Rio
Que brincas e ris
Soltas brados de euforia
e gritos de dor.
Hoje apenas, em serenidade,
tocas nas margens
e beijas com doçura.

Rio.

Nevoeiro que entontece,
engrandece,
estremece.
Nevoeiro de águas mornas
Em atmosfera fria, já primaveril.

Águas, estas,
que guardam segredos,
preenchem folhas,
tornam grandes pedras
melodias mágicas
de líquidos e luz.

Rio.
Esta é a tua marca.

segunda-feira, maio 01, 2006

Natureza

A Natureza...
que nos move
e comove!

quinta-feira, abril 27, 2006

Ops...

Ops...
Semana com feriado e festas e feiras... pouca poesia. Algum sol!

E agora resta-me desejar um bom fim-de-semana prolongado, não é?!
Torçam para que traga dele fotos giras ;)

domingo, abril 23, 2006

Dia Mundial do Livro - 23 de Abril

Vento

Escrevo-te palavras ao vento.
Esse mesmo vento
Que citas no teu poema,
Que me traz tua voz,
Tua paz,
Tua ansiedade.

(...)


- O início de um poema, que um dia será publicado... ;)

quarta-feira, abril 19, 2006

Pedaço de Barro

Eis que o sol traz o pedaço de alma
traz a amálgama de água e terra,
o pedaço de barro que moldas.

Eis as tuas mãos,
trabalho de instantes que transforma
e cria.

Sustenta a beleza sem molde,
moldando a natureza e o ser.

Eis a obra,
a peça,
a gruta de encontros.

Pedaço de homem,
Pedaço de barro parido da terra,
Trespassado de lanças floris
Que beijam o coração
Diluem os caminhos,
em beijos.

Eis que a chuva me conduz à tua alma
leva consigo o trampolim redentor,
o pedaço de barro moldado que te ofereço.

terça-feira, abril 18, 2006

Madrugada (I)

Uma madrugada nunca se repete,
nem quando estás por perto,
nem quando me encontro no vazio,
coberta de saudade que me corrói a alma,
mas me ilumina a vida
porque estás comigo, mesmo que às vezes longe.

Não consigo dormir, hoje.
A vida passa-me à frente
como se assistisse a um filme de outro realizador,
que não eu.


Tudo dorme.
Eu contemplo as estrelas:
fixo o olhar nessa mesma
que também olhas daí.
Escolho a cor,
O timbre,
O cheiro...
Começo a escrever.


O sabor oscila entre o chocolate que derreto na boca
e o aveludado gole que tomo da taça alta,
reluzente na luz [áurea] da vela.


A madrugada nunca se repete.
Pode desejar-se em formas,
cores, trajectos, presenças,
embrulhos, laço, presentes...



Guardo esta madrugada...

segunda-feira, abril 17, 2006

Madrugada


Madrugada serena e fria esta, que se aproxima, em Abril.

Cessem as memórias de outros tempos,
de outros sonhos,
desse beijo,
deste amor.

Cesse a madrugada que hoje me traz o teu rosto
no reflexo da Lua.

Cesse o odor quente dos teus lábios
que sinto neste chocolate quente que sorvo antes de adormecer.

Madrugada.

Frio por entre a frincha da janela que teimo em deixar entreaberta, para ti.

Sonhos e desabafos que estas estrelas tão bem conhecem
que sabem de cor
que pintam de olhos fechados
e escrevem sem ser preciso pena, tinta ou papiro.

Esta será ainda a nossa madrugada.

quarta-feira, abril 12, 2006

Cartas


Há muito tempo que não escrevo uma carta...

O tempo vai passando e a caixa das cartas que tenho escrito e não enviado mantém-se igual. Até mesmo o registo das que enviei, se mantém parado.

Isto não quer dizer que eu não tenha escrito, não seria verdade de o dissesse. Mas as cartas, esta forma tão peculiar de escrever, de nos dirigirmos a alguém e de nos mostrarmos de alma e coração não têm estado nas minhas acções diárias.

É isso mesmo, tenho de pôr a correspondência em dia, pensei ainda há pouco quando folheava um livro de Fernando Pessoa e encontrava nele algumas cartas que escrevera, em tempos, e que me deixaram deliciada pelo conteúdo, pela harmonia das conjunções das palavras e dos sentimentos que trazem consigo. Vou escrever uma carta (ou até mais) mesmo que não a envie.

“Como não quero que diga que não lhe escrevi, por efectivamente não lhe ter escrito, estou escrevendo” afirmava Fernando Pessoa numa das cartas a Ofélia Queirós.

Também vou escrever, para que não acusem de o não ter feito... mas sobretudo pela magia que uma carta tem!

- Votos de uma Páscoa reconfortante e ... cheia de palavras e chocolates e amêndoas! ;-)

segunda-feira, abril 10, 2006

Café

Aroma...

Frasco de grãos de café

Chávena branca

Frescura de uma colher pequena que

(momentos depois)

Mistura com cuidado, sapiência, carinho

Açúcar, café e pouco de quem o faz.


Fragrância..


A água já ferve

Corre por entre os grãos

Solta-se o cheirinho a café fresco.

E, em lugar confortável, com musicalidade,

Saboreia-se um café agradável e saboroso

que nos deseja uma boa tarde ou...


Boa Noite!

sexta-feira, abril 07, 2006

Viagem Adiada

Com muita pena minha a viagem teve mesmo de ser adiada e o fim de semana já não será tão “em grande” quanto se imaginara. Mas está quase agendada a nova data que se pretende que ainda seja em Abril.

E se querem alguma foto bonita no meio deste sítio de poesia e de prosa, nem sempre poética, torçam para que volte a seja agendada logo logo...


Pequena imagem

Imagem . Forma quadrangular que vejo ao fundo da sala, em lugar sentado, perfeito para ver toda a sua dimensão. Desta forma aparentemente [apenas] geométrica vê-se verde, amarelo, violeta, tons castanhos, tronos, raízes, erva, terra. Vê-se sol, sombra, e agora chuva que teima ainda em cair... quero ir lá para fora e não a ver a beleza de longe e pelo vidro da janela!


- os disparates que se escrevem no computador do trabalho, xiii.... Não liguem, sim? :)


quinta-feira, abril 06, 2006

Confissão

Confesso!

Confesso a Deus,

Confesso ao Sol que hoje não vi mas sei que volta,

Confesso às gotas que molham esta calçada mas não chegam ainda para molhar a alma,

Confesso às estrelas que me guiam em noites como a hoje.

Confesso-me.

Confesso-me a ti, posso?

quarta-feira, abril 05, 2006

Probabilidade

Provavelmente a poesia tem dias que se esconde... de nós.

domingo, abril 02, 2006

Rede

Deitar na rede suspensa entre árvores.
Fechar os olhos e ouvir cada som, cada sopro do vento, cada murmúrio das folhas.

Deitar na rede, sorrir
Suspender pensamentos e inquietações por uns instantes.

Daqui, vê-se azul deste céu de encontros, desencontros, estrelas, abandonos
Vê-se o verde que serpenteia as flores, as árvores, os aromas.

Daqui os contornos do horizonte são amálgamas de cor e forma que nos tocam com a leveza de um toque de dedos apaixonados.

terça-feira, março 28, 2006

Jardim

Jardim

Jardim de cores e feitos
de contrastes.
Jardim de aromas e sons
de musicalidades.
Jardim florido, estampado
com vista privilegiada para a beleza.

Jardins belos, serenos, alentejanos.
Mãos dadas em passeios a dois.
Jardins encantados, louvados, telúricos
Rio que espreita ao longe e brilha.

Areal de praia algarvio
Vento de praia na costa litoral
Nobreza do norte, em monumentos tão de hoje
Não construção de ontem
Com receios do futuro próximo.

Jardins!

Aqui e lá.
Cá e aí.

Jardins, à beira da porta,
Em redor do local de trabalho,
Na calmia de um fim de semana sereno,
No encanto de namorados que anseiam abraçar-se entre as roseiras azuis...

Jardim de cores, feitios, aromas e sons.
Pássaros de norte voando para sul, alguns no sentido contrário.
Amarelo, azul, violeta,
Rosa, verde, castanho,
Vermelho, neste teu jardim!

segunda-feira, março 27, 2006

Fechem as luzes
deixem as estrelas mostrar caminho,
encantar os apaixonados,
apaziguar os corações que batem por alguém...


Fechem as luzes
faça-se música com as respirações humanas,
inundem-se campos com essência divina.
Floresçam abraços...


Fechem as luzes.

Abram-se os olhos na direcção das estrelas.
Percorra-se a praia de mão dada,
mesmo quando estamos sozinhos.

sexta-feira, março 24, 2006

Chiiiiiuuuu

...
não digas nada,
sussura apenas o meu nome
como eu sussuro o teu.

...
não digas mais nada,
sente só coração quase a sair do peito.

...
não digas mais,
dorme, dorme,
que eu sonho enquanto te vejo adormecer.

terça-feira, março 21, 2006

Arco-Íris

...

quinta-feira, março 16, 2006

Alto

Faz bem olhar bem lá no alto e ver ...

... o azul do céu, num dia de sol (ontem)

... o veludo mágico, num dia sereno (hoje)

... o brilho das estrelas (agora!).

quarta-feira, março 15, 2006

Trabalhos

Trabalhos diferentes são mundos,
verdadeiros mundos...

Labuta diária em saúde, em ensino, em cultura, em economia, em...
Labuta.
Em comum, trabalho e batalhas diárias,
Nesses mundos tão diferentes.
Riqueza de luas em Março,
Mês, dia, hora marcada.

Diferença.

É nas diferenças que está a beleza?
E no cansaço ao final do dia!

terça-feira, março 14, 2006

Asas

Ter asas e poder voar
Como pássaro do norte,
Gaivota,
Que pisa a areia da praia,
Vê o reflexo da lua no mar.

Ter asas e subir ao cimo de ti
Numa duna de prata dourada
Pés descalços
Pele macia.

Ter asas e rodopiar a meus olhos
Desenhar no céu ternurentos contornos
Beijos celestes
Estrelas cadentes que ainda nunca vi.

Êxtase, de movimento veloz
Elevação ténue, no movimento único
Das suas asas!

segunda-feira, março 13, 2006

"Barreiras a transpor"

Como me escrevi um dia um amigo:
"Ergam-se as novas barreiras a transpor"...
E assim seja!

Novos dias a nascer, e vê-los surgir no horizonte é riqueza para guardar cá dentro!
Novos sorrisos para fazer nascer em mim, e em ti, e em ti, e em ti!
Novas batalhas, novas etapas, novas conquistas!
Novas oportunidades!
Novas "barreiras a transpor" com um toque especial, um gesto de classe, um brilho de olhares...

Ergam-se!...

quinta-feira, março 09, 2006

Imperdoável

Ando a pensar demasiado nele :(

Não quero, não quero - tenho dito!

Visual

Novo look!

Às vezes também é preciso!:)

quarta-feira, março 08, 2006

Página de Agenda

##### 8 de Março #####
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Dia Internacanional da Mulher :-)


- Redigir "alguns parágrafos" para o trabalho de F.E:
- Anotações para a recensão


- Confirmar o horário do autocarro para Lisboa, para domingo
- Ligar para Évora
- Ligar para Sindicato
- Ligar (hoje/amanhã) para a P.E. a confirmar a presença


- Preparar candidatura (escolha de QEs, analisar os QZPs "escolhidos")

- Imprimir docs

Decisão: amanhã cortar o cabelo! :)


(a título excepcional, no blog, para assim assinalar, sorridente, o dia 8 de Março)

Fundo da rua

É possível que estejas, tu mesmo, ao fundo da rua
mas não é certo que estejas lá quando lá passo.
É certo...

Tal como é possível não estares, nunca mais, ao fundo da rua.
É possível.

E pára, pára com essa argumentação que
nunca mais
é tempo, muito tempo, tempo a mais para ser pronunciado.
Pára.

É possível que ao fundo da rua esteja a felicidade
mas não é certo que eu a veja.

É possível que estejas, tu mesmo, ao fundo da rua
mas não é certo que estejas lá quando lá vou.

É certo que pode estar ali mesmo, ao fundo rua,
aquilo que brilha no meu âmago.
Tal como é certo que o rio tem uma força telúrica enorme,
que Lisboa foi porto de encontros e reencontros,
que a fonte que jorra água, molha-te o rosto
como as lágrimas que se limpam com beijos,
que cada lugar é feito de presenças e de melodias,
que é certo que estamos nas ruas que percorremos...
... mesmo que as não sintamos sob os pés doridos.

É certo que a dor finda no encanto de novo amanhecer.
Início e fim nas mesmas notas musicais!

Ao fundo da rua... pátios de luz!