domingo, fevereiro 28, 2010

Em qualquer lugar do mundo (III)

Posso estar em qualquer lugar do mundo que não me esqueço da vista fantástica sobre a cidade luz. A energia e beleza numa torre alta e sublime, no jardim sereno e romântico. Esteja onde estiver, se fechar os olhos, consigo sentir a essência e o sabor a crepe de chocolate no jardim da Torre Eiffel; esteja onde estiver, só não consigo que o desejo de voltar lá morra no meu peito.

Posso estar em qualquer lugar do mundo que vou sempre querer espreitar à janela e avistar as estrelas que cintilam mágicas e brilhantes. Vou procurar sempre traçar figuras no céu, com base na emoção e na imaginação do momento, vou perder-me a contemplar a Lua, altiva e bela, e vou querer partilhar desejos que só se fazem de olhos postos na beleza do céu.

Posso estar em qualquer lugar do mundo, longe do que quer que seja, que sei que no momento em que olharmos a mesma estrela estaremos juntos e sentiremos a presença das pessoas de quem gostamos, o nosso coração passará de acelerado a compasso ritmado e melodioso, com aquele ritmo que só o coração sabe ter.

sábado, fevereiro 27, 2010

Em qualquer lugar do mundo (II)

Posso estar em qualquer lugar do mundo que sei que vou sempre querer voltar a ouvir "Viva La Vida". É uma daquelas músicas! Ritmo, som, garra, sorriso, vitória :) É uma  música de que gosto mesmo, mata saudades, faz sentir frio na barriga, faz sorrir, faz brilhar os olhos e ficar pronta para todas as barreiras a surgir!

Posso estar em qualquer lugar do mundo que vou sempre gostar de voltar a ouvir "A Carta" e vou voar nas palavras, e vou beijar, na memória, o tempo em que a letra se canta a dois e sente de alma e coração. Vou sempre levantar o som no carro e cantarolar alto, em qualquer lugar onde possa estar...

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Em qualquer lugar do mundo (I)

Posso estar em qualquer lugar do mundo que sei que a caneta e o papel, em suporte material ou virtual, vão fazer sempre sentido. Tal como fará sempre sentido deixar no papel um recado em cima da mesa, a dizer que fui tomar café, a dizer que chego mais tarde ou a dizer que fui embora.

Posso estar em qualquer lugar do mundo que sei que o azul é e sempre será a minha cor de eleição. Azul mar, azul céu, azul sonho, azul espaço de carência, espaço de encontro, de meiguice, de beijo pedido, roubado, recebido.

terça-feira, fevereiro 23, 2010

"Balançar"



Mafalda Veiga e Tiago Bettencourt juntos numa música e num balançar :)

domingo, fevereiro 21, 2010

"A estrada"

Permitam-me que vos diga, desde já, que este filme é forte. Penso que chegamos a sentir a dor, do lado de cá do ecrã. Na simplicidade da narrativa, há gestos, palavras e imagens que gritam alto.


"Nós somos os que levamos o fogo... cá dentro"...
E às vezes basta isso, ter a a certeza que na nossa diferença, na nossa singularidade, levamos algo, temos algo para partilhar, para concretizar, para arriscar!
Sejamos desses que amam e arriscam, levando a chama acesa e iluminando um pouco quem nos rodeia!

sábado, fevereiro 20, 2010

Espelho

O olhar pousa sobre o espelho e a cara fica séria a contemplar o reflexo.
Numa imagem não se vê toda a pessoa, toda a essência, não se vê felicidade, não se vê melancolia, não se vê dor, não se vê alma. Vêem-se contornos de imperfeições, vêem-se sombras de lágrimas, luz de sorrisos.

E o sorriso rasga-se e os olhos brilham e agora, sim, o reflexo no espelho é alguém que (re)conheço!

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

 Hoje apenas uma imagem!
_foto de aifos_

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Sorrir

Posso nunca mais voltar a ver-te
mas sei que um dia sorri a teu lado!

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Rodopia

Roda, gira, rodopia.
Pés de veludo em estrada de seda.

Roda, gira, rodopia,
Entontece e estreme entre o corpo quente e a alma em labareda.

Roda, gira, rodopia,
Cabeça em vertigem e corpo em queda,
amparado por dois braços.

Rodopia e salta sem medo, sem rede,
Voa na asa de um pássaro que te cante uma última vez a mesma melodia.

Rodopia e dança,
só mais uma vez!

domingo, fevereiro 14, 2010

Escolhas

Fazemos escolhas.
Algumas com maior convicção do que outras.
Umas por oposição e obrigação, outras munidos do nosso livre arbítrio.
Fazemos escolhas conscientes e outras nem tanto.
Escolhemos coisas simples, como a cor da mala nova, e o cachecol para vestir com aquela blusa.
Escolhemos também coisas menos fáceis, como decidir ficar ou partir, começar ou dizer adeus.

Eu escolho agora (se pudesse) uns dias de paz em que os meus olhos possam ver banalidades e sorrisos, em que possa, como dizia o filme "prolongar o almoço até ao jantar", ver o mar e deixar-me levar nas suas ondas, pelas palavras ou pelos sons.
E, se não for pedir muito, que existam uns olhos que apenas possam olhar os meus, apenas e só para não me sentir só.

Escolho, sem medo do que fica para trás quando se escolhe.
Escolho continuar o meu caminho...
Escolho!

I Lov(ed) you


P.S. - I Love You
É um filme que andei para ver no ano em que saiu e deixei passar a oportunidade.
Depois pensei ler o livro, que tantas vezes passei entre os dedos na visita à Bertrand e à Fnac mas foi ficando na prateleira.

Finalmente hoje vi.
Gostei!
E sim, a vida continua, continua sempre!

sábado, fevereiro 13, 2010

Silêncio(s)

Há palavras que dizemos, outras que escrevemos.
Hoje há também palavras que calamos.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Prolonga-se

Prolongam-se ritmos e cadências por tempo indeterminado.
Cede um pouco o corpo, que se deita e sonha, vencido pelo cansaço.
A alma essa não pára, porque a sensação persiste e insiste,
entre delírios de presença e devaneios febris de ausência fugaz.

Prologam-se sabores e misturas quentes por tempo determinado pelo tic-tac do relógio.
Cede o pensamento que se aninha num cobertor quente, sorrindo.
A alma voa alto, entre linhas curvas coloridas e arrepios que o corpo teima em sentir.


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Prolongam-se momentos, com toque e cheiro, com vida e a imprecisão que os dias nos deixam, mas com a certeza que posso prolongar o que é bom durante um breve instante, o instante necessário para sorrir!

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Sentidos

Não sei escrever sobre sentidos.
Só sobre cheiros, sabores, toque, sons, cores.
Só sobre sensações e emoções, frenesim, taquicardia, suor.

Não sei escrever sobre afectos.
Porque pensei que tinha perdido a capacidade de os sentir.
Porque pensei que no dia em que perdi o coração... tivesse perdido a razão e alma.

Não sei como voltar aqui, sem falar do sentido que os sentidos ganham
Só agora, como ainda há pouco, só porque posso não saber escrever mas sinto, intensamente, e gosto do que sinto!

Não sei mais nada, nem digo.
Só posso dizer que senti e sentia... saudades de poder usar os sentidos, sem medo, sem reservas

sábado, fevereiro 06, 2010

Linha ténue

Esta linha ténue em que o Céu e o majestoso Mar se tocam.
Esta linha de contornos fáceis de imaginar e tão difíceis de colocar no papel.
Esta é a linha a que apelidam de Horizonte.

Não é a linha perfeita de um ombro forte e robusto,
Não é a linha que desenha os lábios quentes entre o licor que tomas e cujo gelo tilinta no copo,
Não é a linha que une as palavras que escreveste em documento word e eliminaste com medo do que pensaria.
Não é.

Esta é a linha mais bonita e ténue, a linha do encontro entre dois braços,
do reencontro entre dois lábios, do risco de carvão decalcado em folha branca de saudade e adeus.

Esta é a linha com que desenhámos um farol e com que apagamos a sua luz hoje, só porque as estrelas nos chegam para fazermos desejos e estarmos olhos nos olhos por uma última vez.

Esta linha é a linha ténue que nos separa, a linha que se escreve suor e arrepio, no mesmo instante, a linha que se escreve carícia e colo nesta última chávena de café doce como gostamos.

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Calendário

Não costumo riscar dias no calendário, mas desde Setembro que teimei em fazê-lo por estar num local pelo qual não nutria muita simpatia.
Hoje não faz sentido fazê-lo, mas a contagem decrescente para do ano lectivo, quase que me obriga (esteticamente, falando, lol) a colocar essa tarefa em prática.
Dei conta há pouco que desde dia 28 que não havia dias riscados, e tive agora a fazer o gosto ao dedo :))

Sim têm sido uns dias cheios, preenchidos e recheados de coisas muito bonitas e outras nem tanto.
Aprendi que se há tempestades que nos assolam, estas podem parecer apenas um percalço só porque ao nosso lado nos olham nos olhos e nos dizem que "já passou", "está tudo resolvido".

O dia a dia, marcado ou não no calendário, deixa marcas na alma e na pele, deixa cores e sabores, deixa cheiros e perfumes.

Anteontem teve cheiro a terra molhada, a asneira dolorsa, a StarBuks Mocca Tall, a sorriso rasgado e olhos brilhantes...
Ontem teve contornos de simplicidade e rotina, mas marcas profundas de surpresa e desenho de rosas, em aguarela da memória, a veludo no toque...
Hoje tem cor vermelha de vitória, de orgulho, de afecto, de calor humano.

Calendário escreve-se com sensações e presenças, com comoção e gargalhada, com cheiro de jasmim e travo a saudade. Calendário escreve-se prosa agora, porque daqui a pouco há poesia.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

A "nossa" casa

É verdade que a nossa casa é aquela onde vivemos, temporariamente ou não, num local maravilhoso ou simplesmente no lugar-que-te-de-ser.
A nossa casa é para onde vamos ao final do dia e onde nos sentimos confortáveis e nos podemos encontrar connosco próprios, sem medos, sem poses para fotografia, sem máscaras.

É verdade que não tenho ainda "a MINHA casa" mas vou tendo estes espaços que não deixam de ser a minha casa. E os sítios onde moramos vão ser sempre "a minha casa" e cada vez que volto a esses lugares tenho uma casa que foi minha, e é minha para sempre, cá dentro.

É verdade que a nossa casa é aquela onde vivemos, temporariamente ou não, num local maravilhoso ou simplesmente no lugar-que-te-de-ser. E é verdade que aqui é também já a minha casa. Escrevi que estava..."num local onde ainda não fui feliz, mas que gostava de vir a ser" e hoje, assumo, que também aqui neste local já fui feliz! Em instantes simples e gestos puros, em gargalhadas sentidas e lágrimas derramadas, entre beijos, despedidas, abraços e adeus. Sim aqui também é a "minha casa" e sabe bem chegar à janela e ver a noite cair, em tons ocre e sabores salgados pelas lágrimas de saudades de outras paragens. E sabe tão bem partir daqui só para partilhar uma palavra, ouvir uma frase e receber um sorriso. E sabe tão bem... dormir de cansaço!


Casa

"onde é a nossa casa?"

"A nossa casa é no sítio onde vivemos" :))
Ouvia há pouco no filme Julie e Julia

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

I look to you

A música é linda e a letra não fica atrás...



"After I lose my breath
There's no more fighting left
Thinking to rise no more
Searching for that open door"