quinta-feira, abril 27, 2006

Ops...

Ops...
Semana com feriado e festas e feiras... pouca poesia. Algum sol!

E agora resta-me desejar um bom fim-de-semana prolongado, não é?!
Torçam para que traga dele fotos giras ;)

domingo, abril 23, 2006

Dia Mundial do Livro - 23 de Abril

Vento

Escrevo-te palavras ao vento.
Esse mesmo vento
Que citas no teu poema,
Que me traz tua voz,
Tua paz,
Tua ansiedade.

(...)


- O início de um poema, que um dia será publicado... ;)

quarta-feira, abril 19, 2006

Pedaço de Barro

Eis que o sol traz o pedaço de alma
traz a amálgama de água e terra,
o pedaço de barro que moldas.

Eis as tuas mãos,
trabalho de instantes que transforma
e cria.

Sustenta a beleza sem molde,
moldando a natureza e o ser.

Eis a obra,
a peça,
a gruta de encontros.

Pedaço de homem,
Pedaço de barro parido da terra,
Trespassado de lanças floris
Que beijam o coração
Diluem os caminhos,
em beijos.

Eis que a chuva me conduz à tua alma
leva consigo o trampolim redentor,
o pedaço de barro moldado que te ofereço.

terça-feira, abril 18, 2006

Madrugada (I)

Uma madrugada nunca se repete,
nem quando estás por perto,
nem quando me encontro no vazio,
coberta de saudade que me corrói a alma,
mas me ilumina a vida
porque estás comigo, mesmo que às vezes longe.

Não consigo dormir, hoje.
A vida passa-me à frente
como se assistisse a um filme de outro realizador,
que não eu.


Tudo dorme.
Eu contemplo as estrelas:
fixo o olhar nessa mesma
que também olhas daí.
Escolho a cor,
O timbre,
O cheiro...
Começo a escrever.


O sabor oscila entre o chocolate que derreto na boca
e o aveludado gole que tomo da taça alta,
reluzente na luz [áurea] da vela.


A madrugada nunca se repete.
Pode desejar-se em formas,
cores, trajectos, presenças,
embrulhos, laço, presentes...



Guardo esta madrugada...

segunda-feira, abril 17, 2006

Madrugada


Madrugada serena e fria esta, que se aproxima, em Abril.

Cessem as memórias de outros tempos,
de outros sonhos,
desse beijo,
deste amor.

Cesse a madrugada que hoje me traz o teu rosto
no reflexo da Lua.

Cesse o odor quente dos teus lábios
que sinto neste chocolate quente que sorvo antes de adormecer.

Madrugada.

Frio por entre a frincha da janela que teimo em deixar entreaberta, para ti.

Sonhos e desabafos que estas estrelas tão bem conhecem
que sabem de cor
que pintam de olhos fechados
e escrevem sem ser preciso pena, tinta ou papiro.

Esta será ainda a nossa madrugada.

quarta-feira, abril 12, 2006

Cartas


Há muito tempo que não escrevo uma carta...

O tempo vai passando e a caixa das cartas que tenho escrito e não enviado mantém-se igual. Até mesmo o registo das que enviei, se mantém parado.

Isto não quer dizer que eu não tenha escrito, não seria verdade de o dissesse. Mas as cartas, esta forma tão peculiar de escrever, de nos dirigirmos a alguém e de nos mostrarmos de alma e coração não têm estado nas minhas acções diárias.

É isso mesmo, tenho de pôr a correspondência em dia, pensei ainda há pouco quando folheava um livro de Fernando Pessoa e encontrava nele algumas cartas que escrevera, em tempos, e que me deixaram deliciada pelo conteúdo, pela harmonia das conjunções das palavras e dos sentimentos que trazem consigo. Vou escrever uma carta (ou até mais) mesmo que não a envie.

“Como não quero que diga que não lhe escrevi, por efectivamente não lhe ter escrito, estou escrevendo” afirmava Fernando Pessoa numa das cartas a Ofélia Queirós.

Também vou escrever, para que não acusem de o não ter feito... mas sobretudo pela magia que uma carta tem!

- Votos de uma Páscoa reconfortante e ... cheia de palavras e chocolates e amêndoas! ;-)

segunda-feira, abril 10, 2006

Café

Aroma...

Frasco de grãos de café

Chávena branca

Frescura de uma colher pequena que

(momentos depois)

Mistura com cuidado, sapiência, carinho

Açúcar, café e pouco de quem o faz.


Fragrância..


A água já ferve

Corre por entre os grãos

Solta-se o cheirinho a café fresco.

E, em lugar confortável, com musicalidade,

Saboreia-se um café agradável e saboroso

que nos deseja uma boa tarde ou...


Boa Noite!

sexta-feira, abril 07, 2006

Viagem Adiada

Com muita pena minha a viagem teve mesmo de ser adiada e o fim de semana já não será tão “em grande” quanto se imaginara. Mas está quase agendada a nova data que se pretende que ainda seja em Abril.

E se querem alguma foto bonita no meio deste sítio de poesia e de prosa, nem sempre poética, torçam para que volte a seja agendada logo logo...


Pequena imagem

Imagem . Forma quadrangular que vejo ao fundo da sala, em lugar sentado, perfeito para ver toda a sua dimensão. Desta forma aparentemente [apenas] geométrica vê-se verde, amarelo, violeta, tons castanhos, tronos, raízes, erva, terra. Vê-se sol, sombra, e agora chuva que teima ainda em cair... quero ir lá para fora e não a ver a beleza de longe e pelo vidro da janela!


- os disparates que se escrevem no computador do trabalho, xiii.... Não liguem, sim? :)


quinta-feira, abril 06, 2006

Confissão

Confesso!

Confesso a Deus,

Confesso ao Sol que hoje não vi mas sei que volta,

Confesso às gotas que molham esta calçada mas não chegam ainda para molhar a alma,

Confesso às estrelas que me guiam em noites como a hoje.

Confesso-me.

Confesso-me a ti, posso?

quarta-feira, abril 05, 2006

Probabilidade

Provavelmente a poesia tem dias que se esconde... de nós.

domingo, abril 02, 2006

Rede

Deitar na rede suspensa entre árvores.
Fechar os olhos e ouvir cada som, cada sopro do vento, cada murmúrio das folhas.

Deitar na rede, sorrir
Suspender pensamentos e inquietações por uns instantes.

Daqui, vê-se azul deste céu de encontros, desencontros, estrelas, abandonos
Vê-se o verde que serpenteia as flores, as árvores, os aromas.

Daqui os contornos do horizonte são amálgamas de cor e forma que nos tocam com a leveza de um toque de dedos apaixonados.