quinta-feira, janeiro 04, 2007

Poema

Queria escrever um poema
cheio de luz e cor e mel
que pudesses sentir daí
e tocar como se nesta tela fosses pincel.

Queria tanto escrever um poema
marcado pelo doce do teu brilho
que me cantasse o sonho
e o desejo em cada dia,
que te desse certezas
e me abraçasse quando fico só.


Um poema em que exista
sol e sombra,
dia e noite,
paixão.
Um poema de acontece,
de futuro e de presente,
sem lágrimas tristes do passado.
Palavras sinceras,
sentidas,
sofridas,
sorvidas, gota a gota, como este cálice de licor
cor de mel, corpo quente, sabor ardente.


Queria escrever um poema
em que o céu de Janeiro se descrevesse
e as nuvens formassem desenhos
e o farol até aqui descesse.

Queria tanto escrever um poema
forte como o brilho da estrela que trazes em ti,
alegre como o São João,
colorido como as flores,
as terras e o balão.


Um poema de mar,
de seara alentejana,
de noite ao relento a contar segredos.
Um poema de amor,
que tocasse a magia do encontro
e atingisse a vertigem do abraço terno.


Queria tanto saber escrever
o leve toque da folha que desliza pelo vento,
o meigo toque das mãos que me rasgam sorrisos,
a respiração uníssona de quem ama.


Um poema que te calasse
entre abraços e beijos,
que te fizesse rir muito
e entre cócegas gritasses meu nome.


Queria muito saber escrever esse poema
que aconchega antes de adormecer
e mostra sempre sol radioso na manhã seguinte.

2 comentários:

Cusco disse...

Olá! Voltei
Vim visitar-te e agradecer a tua visita. Aproveito para te desejar um Feliz 2007 e que a inspiração continue a mostrar-te sempre um sol radioso, na manhã, no mês, no ano seguinte..Sempre
bjs

Catraia_Sofia disse...

lol

Volta sempre que quiseres!
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