sexta-feira, janeiro 26, 2007

Numa parede da cidade

Nas paredes deixaste um recado tolo,
como se "Amo-te" fosse uma palavra feia, vulgar,
como se apenas fosse um graffiti urbano.

Faltou-te a coragem para a olhares de frente
e olhos nos olhos clamares o que sentes,
faltou-te a simplicidade de um gesto bonito, humano e simples,
e preferiste o floreado, o excêntrico.

Nas paredes podes ter escrito
mas não lho disseste,
preferiste pensar que isso era o feito heróico,
a pura e derradeira conquista.

E o sentimento morreu aí mesmo
nessa parede da cidade,
porque há coisas que se sentem,
e essa palavra ela não sentiu.

4 comentários:

Marinheiro disse...

Amor e poesia e coragem nas veias e nascer do dia e pequenas janelas e brisas redentoras e mais nada...
a não ser essa palavra ecoando no peito alegre de loucura.
e mais nada

Catraia_Sofia disse...

Afrodite?
Eros?

e pouco mais!

Marinheiro disse...

ui ui ui ui
madrugadas
suspiros
alvoradas
ui ui ui
:-)
:-P
beijos

Catraia_Sofia disse...

Ui? Naa... lol

Poema, céu e brisa.
Sabor e luz!

;)