quinta-feira, maio 27, 2010

Letras desalinhadas na cabeça e na memória dos dias.
Letras desencontradas no espaço e no tempo.
Letras e letras amontoadas com restos de papel dentro do cesto.

Ergue-se o dia, a luz e tu, pessoa, farrapo humano.
Ergue-se de novo a vontade de colocar no papel um alinhamento que nem sempre existe na brandura e no corropio dos dias.
Ergue-se a plataforma de madeira que te mostra a direcção do mar.
Ergue-se a manhã e o vento sopra palavras.

Palavras sentidas e epidérmicas,
palavras apenas de emoção e de razão, em que tudo é consentido.
Frases e textos, tantos.

Mostram-te ao mundo, mesmo que insistas em te esconder.

3 comentários:

. disse...

como já disse a alguém hoje, até a fachada diz mais do que parece dizer. é construída desde dentro, e depois há a lei da causa e do efeito :)

beso

Catraia_Sofia disse...

Não sei se percebi o comentário, confesso.

. disse...

até a máscara que criamos para nos esconder diz imenso sobre nós a um olho atento. porque é quem está por dentro que a constrói e necessariamente deixa a sua marca. é a causa, e a máscara é o efeito