sábado, dezembro 26, 2009

Balanços

Acho engraçado poder passar o ano que finda em revista através das fotos, das músicas, dos posts dos blogs, das páginas da agenda... É uma outra perspectiva que complementa o que se viveu, sentiu e pensou em mais uma etapa de 365 dias.

Foi um ano intenso, mentiria se dissesse o contrário.
Como escrevia há dias a uma amiga, 2009 "é um ano que fica marcado pelo consolidar de decisões, pelo brilho de uma terra que tão bem me acolheu, pelo mar da costa alentejana que eu não conhecia, por ter a certeza que ainda há pessoas a quem podemos chamar de amigos sem qualquer pudor do uso da palavra". Foi um ano intenso, repito.


É engraçado ver que "Aqui" de Ana Carolina se ouviu em Maio e depois se volta a ouvir em Novembro, com outro sabor.
É engraçado ver que voltei a ouvir "Andrea Bocelli" com o "Con te partiro" passados quase dez anos.
É engraçado ver que gostei de filmes tão diferentes como "Ensaio sobre a cegueira", "Austrália", "Revolutionaty road", "Anjos e demónios" ou "Slumdog Millionaire" mas que ainda não revi nenhum deles, como queria.
É engraçado como se pode ouvir tanta vez "Vila la vida" e de "Release Me"!

É engraçado essa ideia de poder contar dias e meses com a ajuda de um calendário e, sem de repente, dar conta que já passaram duas semanas, e não sentimos a necessidade de riscar os dias.

É engraçado fazer a escolha de 80min de música para "2009_em_música" e ficar de olhos fechados a ouvir cada música e a deixar-me levar!

E os dias fazem-se assim de coisas simples, como mar revolto, bola de berlim, arco-íris, garrafa de vinho ou simplesmente beijo e abraço!

E desejo que 2010 traga sorrisos e beijos, traga alegria e me faça arrepiar por sentir que vale a pena viver cada dia!
Votos de um 2010 em grande e com tudo o que mais desejarem!

2 comentários:

Martim disse...

Um excelente 2010 também. Obrigado pelo comentário simpático no nosso blog, meu e da Clara.

Maria Sy disse...

:) A propósito de balanço...

"Pedes-me um tempo para balanço de vida,
mas eu sou de letras não me sei dividir,
para mim um balanço é mesmo balançar,
balançar até dar balanço e sair.

Pedes-me um sonho para fazer de chão,
mas eu desses não tenho,
só dos de voar,
e agarras a minha mão com a tua mão,
e prendes-me a dizer que me estás a salvar.

De quê? De viver o perigo?
De quê? De rasgar o peito com o quê?
De morrer mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver o que a noite esconde
e não ter nem sentir o vento ardente a soprar o coração.

Prendes o mundo dentro das mãos fechadas,
e o que cabe é pouco mas é tudo que tens,
esqueces que ás vezes quando falha o chão,
o salto é sem rede e tens de abrir as mãos.

Pedes-me um sonho para juntar os pedaços,
mas nem tudo o que parte se volta a colar,
e agarras a minha a mão com a tua mão,
e prendes-me e dizes-me para te salvar.

De quê? De viver o perigo?
De quê? De rasgar o peito com o quê?
De morrer mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver o que a noite esconde
e não ter nem sentir o vento ardente a soprar o coração."

(balançar de Mafalda Veiga)