sexta-feira, outubro 02, 2009

Perco-me

Cai a noite, veloz e fria sobre a calçada da cidade.
E fico só, desta janela pequena, a avistar o céu em tons brasa e mar.
Perco-me no sonho do amanhã,
na beleza do cheiro a maresia,
no encanto do nevoeiro suave que cai sobre todos.

Cai a noite, mas fico contigo, só mais um pedaço de tempo
Só mais um rasgo de luz,
Só mais um instante eterno que me faz sorrir.

Cai a noite e perco-me no sonho que confundo contigo,
Descalço sobre o mar,
Vestido de luar e doçura nesta melodia de afectos e ternura.

Cai a noite e perco-me contigo
Nesta vertigem saborosa do reencontro,
Nesta magia intensa do abraço,
Nesta certeza inabalável da verdadeira amizade.

21 de Setembro de 2009
(a presença dos amigos acaricia-nos sempre, os desafios deles fazem-nos escrever e gostar de reler no dia seguinte)

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